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continuarA boa desse sábado já tem endereço e som certo. Vai rolar o show inédito, aqui no Rio, do britânico Bonobo, um dos favoritinhos da música eletrônica pelo mundo todo! E quem abre a noite no Circo Voador é a nossa banda do coração: a Flor de Sal! Ainda não garantiu seu ingresso? Calma, é claro que pensamos nisso! A gente vai fazer uma venda especial de 400 ingressos promocionais, que você encontra em 8 lojas selecionadas até dia 16 (sexta-feira). E sabe o que é melhor ainda? A gente ainda te dá de presente um pôster do evento pra você colar naquele cantinho especial! Se liga nas lojas participantes: Ipanema, Gávea, Rio Sul, Tijuca, Shopping Leblon, Rio Design Barra, Centro II e Icaraí I , é só escolher a sua favorita! :) A noite é produzida peço Circo e pela Jazz We Can e ainda trás o som do projeto Computambor, que também faz sua estreia na lona e trás outros dois talentos da música instrumental brasileira, o baterista Marcelo Vig - que tem em seu currículo trabalhos com Eminen, Avril lavigne e Will Smith - e o percussionista Marcos Suzano - que já tocou com artistasincríveis como Lenine, Gil, Djavan e Sting entre muitos outros -, esse projeto une batuques orgânicos com beats sintéticos criando uma atmosfera singular e envolvente. E pra fazer o esquenta da pista, o coletivo Gruta, que vem produzindo algumas das festas mais instigantes no cenário eletrônico latino chuga junto com o Voodoohop DJ Thomash com sua música ritual para pessoas com déficit de atenção. Para completar o line: Dj Yule, DJ TSFN e o DJ San Ignacio diretamente da Argentina. Tudo indica que vai ser uma noite do jeitinho que a gente ama: com muita alegria, mistura boa de sons, ritmos conectando o público e os artistas em um show pra ficar na memória. Nos vemos lá!
>14.03.18
A gente tá super feliz de compartilhar com todo mundo uma novidade que é puro empoderamento feminino: a estampa “encantos”, inspirada na verdade e simplicidade da capa do álbum “ÍNDIA” da icônica Gal Costa. Ela acaba de chegar à coleção de inverno 18, O Coração é o Norte, como uma homenagem a essa imagem poderosíssima. E claro, a gente tá só orgulho e amor! O álbum é de 1973 e foi imediatamente censurado por mostrar demais a brasilidade da cantora: um close nela de tanga vermelha, vestindo colares de contas e tirando sua saia. O que pra alguns é “sensualidade exagerada”, pra gente e pra muitos é simplesmente o que a imagem mostra, uma mulher tirando uma saia que teve o direito de ser divulgada apenas em 2015. A tardia liberação da foto mostra o quanto ainda precisamos caminhar juntas em direção a liberdade de ser quem somos: mulheres. Pra FARM poder criar uma estampa com a capa censurada é um grande gesto que vai além da homenagem, é reconhecimento do momento necessário que vivemos de afirmarmos o nosso poder feminino em qualquer lugar: em casa, no trabalho, na cidade, no mundo! Ah, a gente presenteou a Gal com uma das peças da estampa e foi lindo ver que ela amou. Já garantiu a sua? Vem pro site e espalha por aí essa novidade :)
>27.02.18
Que a gente é apaixonada pelo som do duo franco-cubano Ibeyi não é novidade. Em 2016, quando elas vieram para o primeiro show no Rio, nós até entrevistamos as irmãs gêmeas Lisa e Naomi. Esse show não deu pra quem quis, deixou um gostinho de quero mais, e aí o pessoal do Queremos!, sempre atento, trouxe as moças de volta para um bis, que acontece hoje, dia 01/01, no nosso queridinho Circo Voador. Do primeiro show pra cá, as moças lançaram um elogiadíssimo segundo disco, chamado “Ash”, no qual colaboram com muita gente incrível. Rola uma parceria de arrepiar a nuca com o Kamasi Washington, que resultou numa das músicas mais elogiadas do trabalho novo, “Deathless” (estamos loucas pra ver ao vivo!). Tem também a primeira canção em espanhol do duo, “Me Voy”, que elas cantam com a espanhola super linda e estourada Mala Rodriguez. E tem ainda, preparem-se, um trecho de um discurso de ninguém menos que Michele Obama, na música “No man is big enough for my arms”. Lindo, lindo, lindo. E sabe o que também deixa a gente babando? A estética das moças. Tudo parece milimetricamente calculado. O minimalismo, as cores (predominantemente branco e vermelho, principalmente nos clipes mais recentes). O show também vai nessa linha, com looks monocromáticos nas duas e um fundo bem vermelhão. Muito chic, estamos ansiosas pra ver ao vivo! Vale lembrar que o Ibeyi estourou mundo afora quando Lisa e Naomi cantaram ao vivo no desfile da Chanel em Cuba, em 2016. Aliás, elas ainda colaboram com a marca, e repetiram a dose na Colette, no finalzinho do ano passado. Já pode estar muito empolagada pro show de logo mais? Nos vemos lá!
>01.02.18
Oba! Faltando menos de um mês pra época mais alegre do ano, tem novidade boa da nossa banda do coração, a flor de sal: uma versão toda animadinha do single “amor de eletricista” e lançamento do clipe pra lá de por purpurinado! Embalada pela voz de Karina Zeviani e do Micael Amarante, esse som delícia tem produção musical de Filipe Rasta e vídeo gravado na expo "Cassino" no IED do Rio, ó que belezura: Sim, é brilho que não acaba mais! O lugar, coberto com nada menos que 1 tonelada de purpurina dourada, lembra os dias de glória do Cassino da Urca nos saudosos tempos da brilhantina. Ah, ao final da expo, todo esse brilho terá reaproveitamento sustentável: vai ser triturado junto com os resíduos sólidos da obra e misturado à massa do novo concreto que será utilizada na reforma feita pelo IED. Demais, né? Heleno Bernardi, autor da obra que estará em cartaz até o final de janeiro conta que “A intervenção ‘Cassino’ procura fazer pulsar novamente os espíritos artísticos de tempos passados no palco em ruínas. E ter uma banda atual tocando ali, movida pela energia que a obra emana, é uma conjunção muito feliz”. Nós também amamos! O clipe teve direção assinada por Ruslan Alastair e brinca com a dualidade entre simplicidade e intensidade presentes no cenário. E a vontade de mergulhar nesse tanto de brilho? Aumenta o som, arrasta os móveis da sala e dá o play nas plataformas digitais de música, no canal da rádio FARM ou no Spotify!
>12.01.18
Nascido em Pernambuco e criado no Rio de Janeiro, Tyaro Maia é a síntese de um multiartista. De um magnetismo perturbador, é figura marcante em projetos musicais cariocas e carrega o seu Axé nos queridos blocos Rio Maracatu e o dourado Agytoê, no Grupo Maracutaia e na banda Renascimento. Traz com ele muitas personas, na dança e na música, no carnaval e na Rua. Sempre de corpo e alma. Seu primeiro trabalho autoral, CabocloSereia celebra e sintetiza toda essa vivência e funciona como uma espécie de convite. Assim como a música, Tyaro não anda só, somente em boa companhia. Por isso artistas, produtores, designers, fotógrafos, amigos, família, parceiros e mais um monte de gente, se juntou pra fazer essa roda girar através de uma campanha de crowdfunding no Benfeitoria e convidam você também a convocar junto CabocloSereia e se jogar no mar da música independente e autoral. A campanha tem um montão de recompensas bacanas, como leitura de mapas, oficinas de dança, aulas de yoga e até um pocket show! As contribuições partem dos R$20. A Bruna, amiga do adoro, bateu um papo com o Tyaro que conta um pouquinho do que todos esses elos da corrente vão fazer surgir: Como nasceu a ideia do CabocloSereia? Essa ideia já existe dentro de mim há muitos anos, pois desde novo, tenho a necessidade de desconstruir meu lugar masculino nesse mundo de gêneros, rotulados e enquadrados. Sempre roubei roupas da minha mãe, da minha avó e de amigas tentando subverter as peças que teriam uso exclusivo só das mulheres. Sempre achei o comportamento e moldes masculinos muito limitados, e logo quis experimentar ser quem eu não sabia que podia ser e creio eu que essa busca seja eterna. Logo cedo, encontrei o meu corpo na terapia bioenergética, nas danças e expressões afro-brasileiras, no Maracatu de Baque Virado aqui no RJ. O meu encontro com #CabocloSereia aconteceu de fato, no início de, 2015, depois de uma oficina/vivência com o grupo musical Pandeiro do Mestre e com o músico/mestre Nilton Junior. Vindos de Recife-PE a identificação foi logo de cara. Tive contato com a Força da Jurema Sagrada e o Coco de Toré(um tipo de coco fortemente influenciado pela música dos rituais do "Toré" dos índios Pankararu, Xucuru, Fulni-ô, Kapinawa, Xocó e Cariri Xocó.) As cantigas sagradas são dançadas em círculo no sentido anti - horário, e cultua-se bastante as entidades dos Caboclos e Sereias. Eu que já era encantado por esses dois arquétipos bem brasileiros, fiquei mexido com todas as referências vindas do lugar onde eu nasci. Passei uma semana digerindo o mergulho profundo e as conexões feitas e resolvi, então, publicar nas minhas redes sociais; "meio caboclo, meio sereia", aí pronto, até quem não me conhecia pessoalmente veio confirmar que era de fato uma auto-expressão e/ou reconhecimento. Sobre quem você canta no disco? São 10 canções autorais criadas desde 2014 e cada uma carrega uma trama, e todas me atravessam. Canto todxs xs deusxs e energias que chegam até mim e eu consigo perceber/traduzir, luzes e sombras dançando num repertório bem eclético que transfigura várias referências. Somos muitos. Inclusive esse é o desafio na criação e desenvolvimento da identidade do trabalho, expressar essa diversidade e dualidades nesses personagens que se complementam. O que você espera que as pessoas sintam ouvindo CabocloSereia? Eu espero que elas se sintam. Se sintam de preferência livres,livres de julgamentos, livres de si mesmas, buscando liberdade e novas possibilidades de existência diante das circunstâncias atuais. O disco é feito no amor e por amor, espero que as pessoas sintam isso. Agora que você já tá por dentro da história do Caboclo Sereia, aumenta o som e deixa a vibe te levar! Agora que você já tá por dentro da história do Caboclo Sereia, aumenta o som e deixa a vibe te levar! Crédito das fotos: Helena Cooper
>02.01.18
Tem aqueles shows que todo mundo já está sabendo – Phoenix, Foo Fighters, Queens of the Stone Age, Caetano + filhos... sim, estamos super de olho nesses aí. Mas verão é tempo de abundância de música ao vivo e, como a gente ama cantar junto, passamos um pente fino na programação de agora até fevereiro pra você não ficar de fora de nada. Então separa aquele shortinho jeans, uma camiseta bem soltinha e um tênis confortável e vem escolher onde você vai soltar a voz e o corpinho neste verão. // 21 de dezembro // Baleia no Teatro Ipanema // Não conhece a Baleia? Então ótima oportunidade para conhecer, até porque ao vivo eles são ainda melhores. A banda é carioca e é formada por Felipe Ventura, Cairê Rego, David Rosenblit, João Pessanha e pelos irmãos Gabriel e Sofia Vaz, e tem um som meio difícil de definir. É rock experimental, cheio de ruídos e barulhos e letras profundas, vocais ora masculinos, ora femininos. É tipo estar dentro de um sonho, e como o show vai ser num teatro, pensa que lindo! // 6 de Janeiro // Criolo na Fundição Progresso // Ano começando, aquela primeira semana de janeiro que passa leeenta e gostosa, no ritmo da ressaca do ano novo. Nada melhor do que coroá-la com um show do Criolo, cantando seu primeiro disco de sambas autorais, que atende pelo belíssimo nome de “Espiral de Ilusão”. A gente não cansa da voz desse moço! // 19 de Janeiro // BaianaSystem na Fundição Progresso // Olha que notícia boa: os baianos voltam ao Rio em janeiro, na Fundição! Só isso já é indício do quanto a banda está bombando, né? É show pra suar, dançar e rebolar ao som de uma mistura de ritmos afro-latinos. Aproveita e vem ler aqui a conversa que a gente teve com os caras, tá demais! // 19 de Janeiro // Karol Conka e Elza Soares no Circo Voador // Duas musas que dispensam apresentação cantando juntas num dos palcos mais icônicos do Rio. Nem precisa dizer muito mais, né? O show faz parte do Festival SambaRap, que também vai levar ao Circo um show do Emicida com participação da Bateria da Império Serrano e Jongo da Serrinha, no dia 20. Pra ir esquentando, vamos lembrar dessas duas lindas cantando juntas no Amor&Sexo? // 26 de Janeiro // Laurent Garnier toca na Rara // É show? Não necessariamente, porque o Laurent Garnier é DJ e a Rara é uma festa. Mas é imperdível, então deixa a gente explicar por que. O cara é uma das lendas vivas da música eletrônica, mistura house com jazz de um jeito que vai fazer você desentender o que está acontecendo na pista e basicamente essa vai ser a festa mais bombada do verão. Perde não! A gente arrepia só de ouvir esse set: // 1 de Fevereiro // Ibeyi no Circo Voador // As gêmeas franco-cubanas Lisa-Kaindé e Naomi Díaz deram o que falar no ano passado quando cantaram ao vivo num desfile da Chanel em Cuba e, desde então, não pararam de crescer. O som é uma mistura de influências linda, com sonoridades vindas do pop, jazz, eletrônico e do canto ioruba. As vozes das duas são de outro mundo e toda a estética da banda é muito maravilhosa. Apostamos que vai ser um showzão, como todos que o Queremos! organiza. E aí, curtiu?
>15.12.17
A Rádio FARM é xodó por aqui. E final do ano ela traz um mimo à parte: é a playlist 'Feliz Ano Todo ', celebrando a coleção de ano novo "Alma lavada" e esse movimento de respiro e gratidão que todo mundo sente! Trocamos uma ideia com a Rádio Ibiza, que é nossa parceria na hora de criar as playlists, e pensamos em músicas com cheirinho de alfazema e arruda, com boas mensagens de vida. Tem sambinha, forró, tem Bahia... Tudo muito astralizado! A ideia foi trazer músicas mais contemplativas, mas sem perder o pique agitadinho, típico dos festejos do reveillon. Tem Novos Baianos, Otto, Chico Buarque... Mas a grande novidade fica por conta de Flor de Sal, a nossa banda, que deu de presente "Todo Mundo", uma música feita colaborativamente com palavras sugeridas pelo público. Pra ouvir a música, é só clicar aqui! Tá a coisa mais linda do mundo! É um presente de final de ano pra todo mundo que ama a Rádio e não resiste a uma playlist atualizadinha no celular!
>13.12.17
Os caras tão explodindo o cenário da música independente. Os shows lotam, a galera pira e a gente se pergunta - o que que o baiana tem? A verdade é que eles sabem misturar ritmo como ninguém, e essa consciência // sonora e histórica // na prática, faz da banda já um marco da nossa geração. É samba do recôncavo, é samba reggae, é pagode baiano, é a África e o Brasil juntins. Vem pertinho, BaianaSystem, que a gente quer mais! Eles tocam no Circo Voador amanhã, sexta-feira (8), e a gente aproveitou pra trocar uma ideia com o Roberto Barreto, que trouxe a guitarra baiana, criação dos eternos Dodô e Osmar na década de 40, pra banda com outros contextos. Falamos de renovação do diálogo musical, do protesto do sorriso - de Russo Passapusso - de política, da origem do nome 'BaianaSystem' e da Bahia. E de outras coisas nas entrelinhas. - O Baiana tem uma mistura de sons, de latinidade. Nossa percussa brasileira, música eletrônica, um vocal vivíssimo. A banda é um acontecimento. Como nasceu o baiana e essa mistura fonética? O Baiana surge de uma ideia de experimentar coisas, principalmente com a ideia de experimentar a guitarra baiana com o sound system, de levar bases e usar isso com a referência da guitarra baiana. A Bahia é uma referência inteira. Dentro disso, as formas também de cantar: entre o cantar e a reposta do público traz já uma mistura, o que é muito vivo no sound system. Se aquilo chegou e tocou, o público reage. A gente vem construindo o que vem sendo feito a partir desses pontos. O Juninho, produtor guitarrista, também na construção, como postura, como forma de tocar. O Russo na maneira de cantar, nessa estética... - Você falou da reação do público. Como você enxerga esse comportamento, essa resposta? É catártico! Nosso show é muito aberto. A gente tem ali um roteiro, mas isso depende muito da resposta do publico e isso leva Russo a brincar com uma melodia, e brincar com público e a gente muda o repertório no meio do show, ali no ao vivo. Nesse sentido, é muito vivo e depende muito do público pra isso. O show tem mudado ainda mais com a gente circulando pelo Brasil. Temos percebido aonde podemos ficar mais pesados, aonde aliviamos... - Então... é zero medo do erro, né? Tem a ver com o Sound System não ter medo do erro e aí tá a graça. Tirar a tensão do erro. A gente já ensaiou muito e já criamos códigos que nos permitem brincar... Claro que ainda ensaiamos, mas essa experimentação existe! - Vocês têm um discurso forte nas músicas. A música é política. A música preta é política. A diversidade é política. E focar na música como um não produto também é político. Isso faz sentido pra você? Sim. Principalmente no momento em que a gente tá vivendo, não tem como a gente não ser político em todos os sentidos. Isso diz como a gente vai falar sobre dinheiro, sobre respeito entre as pessoas, sobre lei, sobre como a gente vai tocar nas rádios.... O mundo tá essencialmente político, não nesse ponto de vista clássico, mas no sentido maior. No que diz respeito a ser brasileiro. Há política na relação dos músicos com os contratantes. Na relação entre as pessoas, com a tecnologia. Ser político é poder falar da gente mesmo. Das nossas relações. Do nosso cotidiano. É no meio de um carnaval, que tem todo um padrãozinho, poder levantar bandeiras, falar, questionar. - É bonito isso. Ouvir isso. E o som de vocês é mega dançante. Fala-se de política em movimento. Literalmente em movimento. Um corpo dançante também é político... O corpo dançante também é político. O funk é político. Ele traz uma liberdade. Uma postura. Uma confiança pra quem dança, pra quem toca e pra quem consome que em si é um protesto. Em alguns momentos você precisa ser mais direto... A gente tá vivendo num mundo muito tenso e se você poder dançar e ainda entender que você pode mandar um "porra, não enche!" pra um cara, você consegue tudo. Você consegue celebrar, extravasar, pensar e provocar. Enquanto isso, Russo fala muito sobre o protesto do sorriso. Quando a polícia vinha bater no público, sem a menor necessidade, a ideia era: sorria na cara dela. Nos shows acontecem isso, nos momentos mais fortes, de dançar, vc consegue emergir uma raiva e aquela raiva vira um protesto e aquele protesto vira uma dança. - E como é o lance com a guitarra baiana? Rolou um resgate a essa tradicionalidade? Olhe, quando a gente fala em resgate, parece nostálgico. É meu primeiro instrumento e tenho uma identidade em cima disso, não só ligada ao carnaval, mas no geral. Tem uma estética de muita brasilidade, ligada ao chorinho, ao frevo. Quando você traz isso pra uma música mais contemporânea, usa como um instrumento e contextualiza isso, isso traz uma tensão e, nesse sentimento, é mais uma das coisas que a gente tem como uma pesquisa e tem uma importância. Tentamos fazer com que isso dialogue. - A parceria com a Titica, cantora angolona, rolou como? Dentro disso, da pesquisa, a gente já via muita coisa de Angola. Nosso instrumental era referenciado pela música angolona também. Quando houve a oportunidade de tocarmos no Rock in Rio, pensamos logo na Titica. Russo viabilizou as conversas, mostrou o nosso som... // O Roberto produz um programa chamado “Rádio África”, na Educadora FM. Pra ouvir, clica aqui! - Como foi a escolha do nome de vocês? Ter referência à Bahia no nome já é lindo! Sim! Veio das guitarra que comecei pesquisando com o sound system, e do SS que Russo cantava no coletivo MiniStereo Público. É mais ou menos o baiana da guitarra e o system do sound (risos). E a banda foi nascendo também com o Felipe, que cuida da identidade visual, parte inseparável da banda! Nossas estampas com referência aos blocos afros eram projetadas nos shows e o Bahia é tudo isso: imagem, som e experimentação. - Isso tudo a gente sente nos shows, nas músicas, nos clipes... E impossível não comentar: o carnaval desse ano foi um marco não só na história de vocês, como no carnaval da Bahia... É... Já tocávamos no carnaval da Bahia e temos essas duas agendas certas no ano: tocar no carnaval e tocar nos festivais de fora do país. Na nossa primeira experiência pra China, fizemos show com o Ilê Ayê, numa feira internacional que trazia coisas de cada país. Há 4 anos, fizemos o Navio Piara, que é um trio menor e isso é fora do mercado! Não é compra de abadá, não é atração. A atração ali era todo mundo. Éramos do carnaval do Pelourinho... Acho que isso foi o que chamou a atenção, ver aquela galera toda ali num esquema diferente, protestando também... - Foi lindo. E falando nisso, amanhã tem Circo Voador, show esgotadíssimo há semanas. Coração tá batendo forte? Muito! A gente já tinha tocado em lugares menores, no Oi Futuro. Depois num show maior no Vivo Rio e aí depois foi crescendo, como o RIR. Agora pensamos que conseguimos nos comunicar... Essa coisa de gostar de carnaval, de rua, que tem muito a ver com Salvador! O Rio é isso também. As pessoas conseguem identificar isso. Nossa! - Tem um Rio baiano sim... E dicas pra quem tá indo à Bahia e quer curtir por lá. Sabe aquele passeio que nãodápradeixardefazer? Ah! Rio Vermelho... Porto da Barra, que tá voltando a ter uma aura de pessoas circulando e é o melhor banho de mar do Brasil! E, óbvio: a Igreja do Bonfim, que você já tá na Cidade Baixa! - Amei o Santo Antônio. Meio Santa Teresa (bairro do Rio de Janeiro), né? Nossa! É bem isso mesmo! Pode incluir aí também na lista. Inclua Santo Antônio. Santo Antônio incluído com as devidas atualizações: BaianaSystem é um abusrdo cênico, sonoro, estético, musical. É um movimento cultural pulsado por Russo Passapusso, Roberto Barreto, SekoBass e Filipe Cartaxo que pesquisam e, mais do que isso, vivenciam a música num equilíbrio orgânico entre presente, passado e futuro. O desdobramento disso é uma experiência. É coisa de sentir dentro. É catarse pura. Amanhã o Circo abre as asas. E a gente vai voar junto. Com dendê e com afeto. E asé. Partiu?
>07.12.17
A boa desse sábado já tem endereço e som certo. Vai rolar o show inédito, aqui no Rio, do britânico Bonobo, um dos favoritinhos da música eletrônica pelo mundo todo! E quem abre a noite no Circo Voador é a nossa banda do coração: a Flor de Sal! Ainda não garantiu seu ingresso? Calma, é claro que pensamos nisso! A gente vai fazer uma venda especial de 400 ingressos promocionais, que você encontra em 8 lojas selecionadas até dia 16 (sexta-feira). E sabe o que é melhor ainda? A gente ainda te dá de presente um pôster do evento pra você colar naquele cantinho especial! Se liga nas lojas participantes: Ipanema, Gávea, Rio Sul, Tijuca, Shopping Leblon, Rio Design Barra, Centro II e Icaraí I , é só escolher a sua favorita! :) A noite é produzida peço Circo e pela Jazz We Can e ainda trás o som do projeto Computambor, que também faz sua estreia na lona e trás outros dois talentos da música instrumental brasileira, o baterista Marcelo Vig - que tem em seu currículo trabalhos com Eminen, Avril lavigne e Will Smith - e o percussionista Marcos Suzano - que já tocou com artistasincríveis como Lenine, Gil, Djavan e Sting entre muitos outros -, esse projeto une batuques orgânicos com beats sintéticos criando uma atmosfera singular e envolvente. E pra fazer o esquenta da pista, o coletivo Gruta, que vem produzindo algumas das festas mais instigantes no cenário eletrônico latino chuga junto com o Voodoohop DJ Thomash com sua música ritual para pessoas com déficit de atenção. Para completar o line: Dj Yule, DJ TSFN e o DJ San Ignacio diretamente da Argentina. Tudo indica que vai ser uma noite do jeitinho que a gente ama: com muita alegria, mistura boa de sons, ritmos conectando o público e os artistas em um show pra ficar na memória. Nos vemos lá!
>14.03.18
A gente tá super feliz de compartilhar com todo mundo uma novidade que é puro empoderamento feminino: a estampa “encantos”, inspirada na verdade e simplicidade da capa do álbum “ÍNDIA” da icônica Gal Costa. Ela acaba de chegar à coleção de inverno 18, O Coração é o Norte, como uma homenagem a essa imagem poderosíssima. E claro, a gente tá só orgulho e amor! O álbum é de 1973 e foi imediatamente censurado por mostrar demais a brasilidade da cantora: um close nela de tanga vermelha, vestindo colares de contas e tirando sua saia. O que pra alguns é “sensualidade exagerada”, pra gente e pra muitos é simplesmente o que a imagem mostra, uma mulher tirando uma saia que teve o direito de ser divulgada apenas em 2015. A tardia liberação da foto mostra o quanto ainda precisamos caminhar juntas em direção a liberdade de ser quem somos: mulheres. Pra FARM poder criar uma estampa com a capa censurada é um grande gesto que vai além da homenagem, é reconhecimento do momento necessário que vivemos de afirmarmos o nosso poder feminino em qualquer lugar: em casa, no trabalho, na cidade, no mundo! Ah, a gente presenteou a Gal com uma das peças da estampa e foi lindo ver que ela amou. Já garantiu a sua? Vem pro site e espalha por aí essa novidade :)
>27.02.18
Que a gente é apaixonada pelo som do duo franco-cubano Ibeyi não é novidade. Em 2016, quando elas vieram para o primeiro show no Rio, nós até entrevistamos as irmãs gêmeas Lisa e Naomi. Esse show não deu pra quem quis, deixou um gostinho de quero mais, e aí o pessoal do Queremos!, sempre atento, trouxe as moças de volta para um bis, que acontece hoje, dia 01/01, no nosso queridinho Circo Voador. Do primeiro show pra cá, as moças lançaram um elogiadíssimo segundo disco, chamado “Ash”, no qual colaboram com muita gente incrível. Rola uma parceria de arrepiar a nuca com o Kamasi Washington, que resultou numa das músicas mais elogiadas do trabalho novo, “Deathless” (estamos loucas pra ver ao vivo!). Tem também a primeira canção em espanhol do duo, “Me Voy”, que elas cantam com a espanhola super linda e estourada Mala Rodriguez. E tem ainda, preparem-se, um trecho de um discurso de ninguém menos que Michele Obama, na música “No man is big enough for my arms”. Lindo, lindo, lindo. E sabe o que também deixa a gente babando? A estética das moças. Tudo parece milimetricamente calculado. O minimalismo, as cores (predominantemente branco e vermelho, principalmente nos clipes mais recentes). O show também vai nessa linha, com looks monocromáticos nas duas e um fundo bem vermelhão. Muito chic, estamos ansiosas pra ver ao vivo! Vale lembrar que o Ibeyi estourou mundo afora quando Lisa e Naomi cantaram ao vivo no desfile da Chanel em Cuba, em 2016. Aliás, elas ainda colaboram com a marca, e repetiram a dose na Colette, no finalzinho do ano passado. Já pode estar muito empolagada pro show de logo mais? Nos vemos lá!
>01.02.18
Oba! Faltando menos de um mês pra época mais alegre do ano, tem novidade boa da nossa banda do coração, a flor de sal: uma versão toda animadinha do single “amor de eletricista” e lançamento do clipe pra lá de por purpurinado! Embalada pela voz de Karina Zeviani e do Micael Amarante, esse som delícia tem produção musical de Filipe Rasta e vídeo gravado na expo "Cassino" no IED do Rio, ó que belezura: Sim, é brilho que não acaba mais! O lugar, coberto com nada menos que 1 tonelada de purpurina dourada, lembra os dias de glória do Cassino da Urca nos saudosos tempos da brilhantina. Ah, ao final da expo, todo esse brilho terá reaproveitamento sustentável: vai ser triturado junto com os resíduos sólidos da obra e misturado à massa do novo concreto que será utilizada na reforma feita pelo IED. Demais, né? Heleno Bernardi, autor da obra que estará em cartaz até o final de janeiro conta que “A intervenção ‘Cassino’ procura fazer pulsar novamente os espíritos artísticos de tempos passados no palco em ruínas. E ter uma banda atual tocando ali, movida pela energia que a obra emana, é uma conjunção muito feliz”. Nós também amamos! O clipe teve direção assinada por Ruslan Alastair e brinca com a dualidade entre simplicidade e intensidade presentes no cenário. E a vontade de mergulhar nesse tanto de brilho? Aumenta o som, arrasta os móveis da sala e dá o play nas plataformas digitais de música, no canal da rádio FARM ou no Spotify!
>12.01.18
Nascido em Pernambuco e criado no Rio de Janeiro, Tyaro Maia é a síntese de um multiartista. De um magnetismo perturbador, é figura marcante em projetos musicais cariocas e carrega o seu Axé nos queridos blocos Rio Maracatu e o dourado Agytoê, no Grupo Maracutaia e na banda Renascimento. Traz com ele muitas personas, na dança e na música, no carnaval e na Rua. Sempre de corpo e alma. Seu primeiro trabalho autoral, CabocloSereia celebra e sintetiza toda essa vivência e funciona como uma espécie de convite. Assim como a música, Tyaro não anda só, somente em boa companhia. Por isso artistas, produtores, designers, fotógrafos, amigos, família, parceiros e mais um monte de gente, se juntou pra fazer essa roda girar através de uma campanha de crowdfunding no Benfeitoria e convidam você também a convocar junto CabocloSereia e se jogar no mar da música independente e autoral. A campanha tem um montão de recompensas bacanas, como leitura de mapas, oficinas de dança, aulas de yoga e até um pocket show! As contribuições partem dos R$20. A Bruna, amiga do adoro, bateu um papo com o Tyaro que conta um pouquinho do que todos esses elos da corrente vão fazer surgir: Como nasceu a ideia do CabocloSereia? Essa ideia já existe dentro de mim há muitos anos, pois desde novo, tenho a necessidade de desconstruir meu lugar masculino nesse mundo de gêneros, rotulados e enquadrados. Sempre roubei roupas da minha mãe, da minha avó e de amigas tentando subverter as peças que teriam uso exclusivo só das mulheres. Sempre achei o comportamento e moldes masculinos muito limitados, e logo quis experimentar ser quem eu não sabia que podia ser e creio eu que essa busca seja eterna. Logo cedo, encontrei o meu corpo na terapia bioenergética, nas danças e expressões afro-brasileiras, no Maracatu de Baque Virado aqui no RJ. O meu encontro com #CabocloSereia aconteceu de fato, no início de, 2015, depois de uma oficina/vivência com o grupo musical Pandeiro do Mestre e com o músico/mestre Nilton Junior. Vindos de Recife-PE a identificação foi logo de cara. Tive contato com a Força da Jurema Sagrada e o Coco de Toré(um tipo de coco fortemente influenciado pela música dos rituais do "Toré" dos índios Pankararu, Xucuru, Fulni-ô, Kapinawa, Xocó e Cariri Xocó.) As cantigas sagradas são dançadas em círculo no sentido anti - horário, e cultua-se bastante as entidades dos Caboclos e Sereias. Eu que já era encantado por esses dois arquétipos bem brasileiros, fiquei mexido com todas as referências vindas do lugar onde eu nasci. Passei uma semana digerindo o mergulho profundo e as conexões feitas e resolvi, então, publicar nas minhas redes sociais; "meio caboclo, meio sereia", aí pronto, até quem não me conhecia pessoalmente veio confirmar que era de fato uma auto-expressão e/ou reconhecimento. Sobre quem você canta no disco? São 10 canções autorais criadas desde 2014 e cada uma carrega uma trama, e todas me atravessam. Canto todxs xs deusxs e energias que chegam até mim e eu consigo perceber/traduzir, luzes e sombras dançando num repertório bem eclético que transfigura várias referências. Somos muitos. Inclusive esse é o desafio na criação e desenvolvimento da identidade do trabalho, expressar essa diversidade e dualidades nesses personagens que se complementam. O que você espera que as pessoas sintam ouvindo CabocloSereia? Eu espero que elas se sintam. Se sintam de preferência livres,livres de julgamentos, livres de si mesmas, buscando liberdade e novas possibilidades de existência diante das circunstâncias atuais. O disco é feito no amor e por amor, espero que as pessoas sintam isso. Agora que você já tá por dentro da história do Caboclo Sereia, aumenta o som e deixa a vibe te levar! Agora que você já tá por dentro da história do Caboclo Sereia, aumenta o som e deixa a vibe te levar! Crédito das fotos: Helena Cooper
>02.01.18
Tem aqueles shows que todo mundo já está sabendo – Phoenix, Foo Fighters, Queens of the Stone Age, Caetano + filhos... sim, estamos super de olho nesses aí. Mas verão é tempo de abundância de música ao vivo e, como a gente ama cantar junto, passamos um pente fino na programação de agora até fevereiro pra você não ficar de fora de nada. Então separa aquele shortinho jeans, uma camiseta bem soltinha e um tênis confortável e vem escolher onde você vai soltar a voz e o corpinho neste verão. // 21 de dezembro // Baleia no Teatro Ipanema // Não conhece a Baleia? Então ótima oportunidade para conhecer, até porque ao vivo eles são ainda melhores. A banda é carioca e é formada por Felipe Ventura, Cairê Rego, David Rosenblit, João Pessanha e pelos irmãos Gabriel e Sofia Vaz, e tem um som meio difícil de definir. É rock experimental, cheio de ruídos e barulhos e letras profundas, vocais ora masculinos, ora femininos. É tipo estar dentro de um sonho, e como o show vai ser num teatro, pensa que lindo! // 6 de Janeiro // Criolo na Fundição Progresso // Ano começando, aquela primeira semana de janeiro que passa leeenta e gostosa, no ritmo da ressaca do ano novo. Nada melhor do que coroá-la com um show do Criolo, cantando seu primeiro disco de sambas autorais, que atende pelo belíssimo nome de “Espiral de Ilusão”. A gente não cansa da voz desse moço! // 19 de Janeiro // BaianaSystem na Fundição Progresso // Olha que notícia boa: os baianos voltam ao Rio em janeiro, na Fundição! Só isso já é indício do quanto a banda está bombando, né? É show pra suar, dançar e rebolar ao som de uma mistura de ritmos afro-latinos. Aproveita e vem ler aqui a conversa que a gente teve com os caras, tá demais! // 19 de Janeiro // Karol Conka e Elza Soares no Circo Voador // Duas musas que dispensam apresentação cantando juntas num dos palcos mais icônicos do Rio. Nem precisa dizer muito mais, né? O show faz parte do Festival SambaRap, que também vai levar ao Circo um show do Emicida com participação da Bateria da Império Serrano e Jongo da Serrinha, no dia 20. Pra ir esquentando, vamos lembrar dessas duas lindas cantando juntas no Amor&Sexo? // 26 de Janeiro // Laurent Garnier toca na Rara // É show? Não necessariamente, porque o Laurent Garnier é DJ e a Rara é uma festa. Mas é imperdível, então deixa a gente explicar por que. O cara é uma das lendas vivas da música eletrônica, mistura house com jazz de um jeito que vai fazer você desentender o que está acontecendo na pista e basicamente essa vai ser a festa mais bombada do verão. Perde não! A gente arrepia só de ouvir esse set: // 1 de Fevereiro // Ibeyi no Circo Voador // As gêmeas franco-cubanas Lisa-Kaindé e Naomi Díaz deram o que falar no ano passado quando cantaram ao vivo num desfile da Chanel em Cuba e, desde então, não pararam de crescer. O som é uma mistura de influências linda, com sonoridades vindas do pop, jazz, eletrônico e do canto ioruba. As vozes das duas são de outro mundo e toda a estética da banda é muito maravilhosa. Apostamos que vai ser um showzão, como todos que o Queremos! organiza. E aí, curtiu?
>15.12.17
A Rádio FARM é xodó por aqui. E final do ano ela traz um mimo à parte: é a playlist 'Feliz Ano Todo ', celebrando a coleção de ano novo "Alma lavada" e esse movimento de respiro e gratidão que todo mundo sente! Trocamos uma ideia com a Rádio Ibiza, que é nossa parceria na hora de criar as playlists, e pensamos em músicas com cheirinho de alfazema e arruda, com boas mensagens de vida. Tem sambinha, forró, tem Bahia... Tudo muito astralizado! A ideia foi trazer músicas mais contemplativas, mas sem perder o pique agitadinho, típico dos festejos do reveillon. Tem Novos Baianos, Otto, Chico Buarque... Mas a grande novidade fica por conta de Flor de Sal, a nossa banda, que deu de presente "Todo Mundo", uma música feita colaborativamente com palavras sugeridas pelo público. Pra ouvir a música, é só clicar aqui! Tá a coisa mais linda do mundo! É um presente de final de ano pra todo mundo que ama a Rádio e não resiste a uma playlist atualizadinha no celular!
>13.12.17
Os caras tão explodindo o cenário da música independente. Os shows lotam, a galera pira e a gente se pergunta - o que que o baiana tem? A verdade é que eles sabem misturar ritmo como ninguém, e essa consciência // sonora e histórica // na prática, faz da banda já um marco da nossa geração. É samba do recôncavo, é samba reggae, é pagode baiano, é a África e o Brasil juntins. Vem pertinho, BaianaSystem, que a gente quer mais! Eles tocam no Circo Voador amanhã, sexta-feira (8), e a gente aproveitou pra trocar uma ideia com o Roberto Barreto, que trouxe a guitarra baiana, criação dos eternos Dodô e Osmar na década de 40, pra banda com outros contextos. Falamos de renovação do diálogo musical, do protesto do sorriso - de Russo Passapusso - de política, da origem do nome 'BaianaSystem' e da Bahia. E de outras coisas nas entrelinhas. - O Baiana tem uma mistura de sons, de latinidade. Nossa percussa brasileira, música eletrônica, um vocal vivíssimo. A banda é um acontecimento. Como nasceu o baiana e essa mistura fonética? O Baiana surge de uma ideia de experimentar coisas, principalmente com a ideia de experimentar a guitarra baiana com o sound system, de levar bases e usar isso com a referência da guitarra baiana. A Bahia é uma referência inteira. Dentro disso, as formas também de cantar: entre o cantar e a reposta do público traz já uma mistura, o que é muito vivo no sound system. Se aquilo chegou e tocou, o público reage. A gente vem construindo o que vem sendo feito a partir desses pontos. O Juninho, produtor guitarrista, também na construção, como postura, como forma de tocar. O Russo na maneira de cantar, nessa estética... - Você falou da reação do público. Como você enxerga esse comportamento, essa resposta? É catártico! Nosso show é muito aberto. A gente tem ali um roteiro, mas isso depende muito da resposta do publico e isso leva Russo a brincar com uma melodia, e brincar com público e a gente muda o repertório no meio do show, ali no ao vivo. Nesse sentido, é muito vivo e depende muito do público pra isso. O show tem mudado ainda mais com a gente circulando pelo Brasil. Temos percebido aonde podemos ficar mais pesados, aonde aliviamos... - Então... é zero medo do erro, né? Tem a ver com o Sound System não ter medo do erro e aí tá a graça. Tirar a tensão do erro. A gente já ensaiou muito e já criamos códigos que nos permitem brincar... Claro que ainda ensaiamos, mas essa experimentação existe! - Vocês têm um discurso forte nas músicas. A música é política. A música preta é política. A diversidade é política. E focar na música como um não produto também é político. Isso faz sentido pra você? Sim. Principalmente no momento em que a gente tá vivendo, não tem como a gente não ser político em todos os sentidos. Isso diz como a gente vai falar sobre dinheiro, sobre respeito entre as pessoas, sobre lei, sobre como a gente vai tocar nas rádios.... O mundo tá essencialmente político, não nesse ponto de vista clássico, mas no sentido maior. No que diz respeito a ser brasileiro. Há política na relação dos músicos com os contratantes. Na relação entre as pessoas, com a tecnologia. Ser político é poder falar da gente mesmo. Das nossas relações. Do nosso cotidiano. É no meio de um carnaval, que tem todo um padrãozinho, poder levantar bandeiras, falar, questionar. - É bonito isso. Ouvir isso. E o som de vocês é mega dançante. Fala-se de política em movimento. Literalmente em movimento. Um corpo dançante também é político... O corpo dançante também é político. O funk é político. Ele traz uma liberdade. Uma postura. Uma confiança pra quem dança, pra quem toca e pra quem consome que em si é um protesto. Em alguns momentos você precisa ser mais direto... A gente tá vivendo num mundo muito tenso e se você poder dançar e ainda entender que você pode mandar um "porra, não enche!" pra um cara, você consegue tudo. Você consegue celebrar, extravasar, pensar e provocar. Enquanto isso, Russo fala muito sobre o protesto do sorriso. Quando a polícia vinha bater no público, sem a menor necessidade, a ideia era: sorria na cara dela. Nos shows acontecem isso, nos momentos mais fortes, de dançar, vc consegue emergir uma raiva e aquela raiva vira um protesto e aquele protesto vira uma dança. - E como é o lance com a guitarra baiana? Rolou um resgate a essa tradicionalidade? Olhe, quando a gente fala em resgate, parece nostálgico. É meu primeiro instrumento e tenho uma identidade em cima disso, não só ligada ao carnaval, mas no geral. Tem uma estética de muita brasilidade, ligada ao chorinho, ao frevo. Quando você traz isso pra uma música mais contemporânea, usa como um instrumento e contextualiza isso, isso traz uma tensão e, nesse sentimento, é mais uma das coisas que a gente tem como uma pesquisa e tem uma importância. Tentamos fazer com que isso dialogue. - A parceria com a Titica, cantora angolona, rolou como? Dentro disso, da pesquisa, a gente já via muita coisa de Angola. Nosso instrumental era referenciado pela música angolona também. Quando houve a oportunidade de tocarmos no Rock in Rio, pensamos logo na Titica. Russo viabilizou as conversas, mostrou o nosso som... // O Roberto produz um programa chamado “Rádio África”, na Educadora FM. Pra ouvir, clica aqui! - Como foi a escolha do nome de vocês? Ter referência à Bahia no nome já é lindo! Sim! Veio das guitarra que comecei pesquisando com o sound system, e do SS que Russo cantava no coletivo MiniStereo Público. É mais ou menos o baiana da guitarra e o system do sound (risos). E a banda foi nascendo também com o Felipe, que cuida da identidade visual, parte inseparável da banda! Nossas estampas com referência aos blocos afros eram projetadas nos shows e o Bahia é tudo isso: imagem, som e experimentação. - Isso tudo a gente sente nos shows, nas músicas, nos clipes... E impossível não comentar: o carnaval desse ano foi um marco não só na história de vocês, como no carnaval da Bahia... É... Já tocávamos no carnaval da Bahia e temos essas duas agendas certas no ano: tocar no carnaval e tocar nos festivais de fora do país. Na nossa primeira experiência pra China, fizemos show com o Ilê Ayê, numa feira internacional que trazia coisas de cada país. Há 4 anos, fizemos o Navio Piara, que é um trio menor e isso é fora do mercado! Não é compra de abadá, não é atração. A atração ali era todo mundo. Éramos do carnaval do Pelourinho... Acho que isso foi o que chamou a atenção, ver aquela galera toda ali num esquema diferente, protestando também... - Foi lindo. E falando nisso, amanhã tem Circo Voador, show esgotadíssimo há semanas. Coração tá batendo forte? Muito! A gente já tinha tocado em lugares menores, no Oi Futuro. Depois num show maior no Vivo Rio e aí depois foi crescendo, como o RIR. Agora pensamos que conseguimos nos comunicar... Essa coisa de gostar de carnaval, de rua, que tem muito a ver com Salvador! O Rio é isso também. As pessoas conseguem identificar isso. Nossa! - Tem um Rio baiano sim... E dicas pra quem tá indo à Bahia e quer curtir por lá. Sabe aquele passeio que nãodápradeixardefazer? Ah! Rio Vermelho... Porto da Barra, que tá voltando a ter uma aura de pessoas circulando e é o melhor banho de mar do Brasil! E, óbvio: a Igreja do Bonfim, que você já tá na Cidade Baixa! - Amei o Santo Antônio. Meio Santa Teresa (bairro do Rio de Janeiro), né? Nossa! É bem isso mesmo! Pode incluir aí também na lista. Inclua Santo Antônio. Santo Antônio incluído com as devidas atualizações: BaianaSystem é um abusrdo cênico, sonoro, estético, musical. É um movimento cultural pulsado por Russo Passapusso, Roberto Barreto, SekoBass e Filipe Cartaxo que pesquisam e, mais do que isso, vivenciam a música num equilíbrio orgânico entre presente, passado e futuro. O desdobramento disso é uma experiência. É coisa de sentir dentro. É catarse pura. Amanhã o Circo abre as asas. E a gente vai voar junto. Com dendê e com afeto. E asé. Partiu?
>07.12.17
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